Da Terra à mesa, um espaço de visibilização e promoção de experiências para o desenvolvimento sustentável.

Da Terra à mesa, um espaço de visibilização e promoção de experiências para o desenvolvimento sustentável.

Mais de 200 pessoas de toda a América Latina e o Caribe participaram do seminário organizado pelo Programa Latino-Americano de Terras. Rumo a uma fraternidade possível, de Sophia ALC com a colaboração do CEBITEPAL, CLACSO, RUC e da Fundação Ecoceno.

Durante o mês de outubro e novembro, de forma virtual, desenvolveu-se o curso “Da Terra à mesa. Produção, comercialização e consumo sustentável” um espaço dedicado à troca de experiências e à promoção de iniciativas que se levam adiante na região, relacionadas precisamente com a produção e o abastecimento de alimentos em termos de equidade, sustentabilidade e fraternidade.

Destinado a produtores, comerciantes, pescadores artesanais, organizações, instituições de fomento, chefs e elaboradores de alimentos, associações de consumidores, pesquisadores, acadêmicos e estudantes, o curso que teve duração de 4 sessões, desenvolveu diferentes temáticas através de uma metodologia que facilitou a troca de experiências, dificuldades, oportunidades e expertise, o que possibilitou uma participação agradável e o fortalecimento de redes de trabalho a nível local e regional.

O curso foi marcado por uma rica interação entre os participantes e os expositores. Destaca-se, por exemplo, a segunda sessão, onde a apresentação de diferentes experiências regionais possibilitou um fabuloso intercâmbio de outras iniciativas que se desenvolvem localmente na região e a proposta de novas para começar a desenvolver.

Das reflexões que surgiram durante o curso, destaca-se a centralidade das comunidades camponesas e os povos indígenas, assim como da terra e seus recursos. Surgiram questionamentos sobre a produção e o consumo responsável de cada um a nível individual e como comunidade, assim como o uso consciente e o cuidado dos recursos que a terra produz. De igual modo, é de destacar, a importância que teve a leitura da realidade da terra e do ruralismo no continente, uma vez que daí devem partir os objetivos das iniciativas que se quiserem impulsionar e as políticas públicas a trabalhar.

Precisamente, no que se refere às políticas públicas, destaca-se a necessidade de promover a participação real de todos os atores, com o objetivo de promover a agroecologia, a soberania e a segurança alimentar. Entre outros aspetos de particular importância na cadeia de produção, comercialização e consumo:

“Importante constituir a plataforma proposta, para um diálogo sobre políticas públicas e promover a participação de todos: organizações e movimentos da sociedade civil, povos indígenas, afro-descendentes, jovens, mulheres… e trabalhar em políticas ligadas à agroecologia reconhecendo o seu papel na mudança para um sistema agroalimentar mais sustentável pela soberania e segurança alimentar”*

A fim de manter o contacto e compartilhar as experiências que estão se realizando ou as que decorrem do curso, foram convidados a enviar as sínteses das propostas alternativas ou experiências locais no tema da comercialização e do abastecimento de alimentos, para adicionar ao desenvolvimento territorial em chave de equidade, sustentabilidade e fraternidade. As mesmas serão compartilhadas no “Viveiro de Experiências de Boas Práticas” no site da Rede Latino-Americana e Caribenha de Terras.

Finalmente, o curso deixou aos participantes a inquietude sobre a importância da criação de redes e associações para poderem levar iniciativas que perdurem no tempo:

“O maior desafio é gerar esse diálogo, porque senão não se consegue construir essa rede e chegar a quem participa…” 1

“Fundamental o chamado a se associar para enfrentar os problemas de injustiça e importante a educação e o conhecimento para defender os direitos.” *

“Fundamental o chamado a se associar para enfrentar os problemas de injustiça e importante a educação e o conhecimento para defender os direitos.” *


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